O uso de software não licenciado é uma pratica que pode trazer vários prejuízos aos computadores pessoais ou de empresas, como falta de suporte técnico pela empresa desenvolvedora do software, possibilidade da mídia de instalação estar infectada com vírus ou software mal-intencionado sem falar nas penalidades legais.

O software é uma obra intelectual e não um produto. Quando compramos um programa de computador, estamos adquirindo uma licença de uso que deve ser lida e aceita antes da instalação do software, sendo assim, o usuário de software não licenciado esta ciente que esta usando o software sem o devido direito. Estando sujeito a mesma punição aplicada a quem o vendeu.

Há quem diga que o alto preço cobrado pelo software no mercado brasileiro incentiva a pirataria, o que não é verdade. A prática, ao contrário, mostra que é uma questão cultural. Quando a Microsoft liberou a versão Beta do Windows 7, já se podia encontrar várias pessoas comprando copias não originais no mercado alternativo (camelô), sem nem saber qual seria o valor do software e quais benefícios poderiam ter com uma copia original. Ha ainda o consumidor que pensa que contratando um curioso por alguns poucos reais (curioso que se diz técnico e nada sabe)  estará livre das penalidades legais.

Todos perdem com a pirataria. A oferta de empregos diminui, o Estado deixa de arrecadar, as empresas nacionais não se sentem seguras para investir em tecnologia e no desenvolvimento de novos produtos, já que os direitos autorais são desrespeitados.

Hoje, do office-boy ao diretor, todos têm acesso aos microcomputadores da empresa, e podem praticar (A) pirataria se não houver um rígido controle. De acordo com a ABES, constata-se que a maioria das denúncias parte de ex-funcionários.

De acordo com a lei brasileira, cabe ao empresário responder por qualquer irregularidade que ocorra na companhia, inclusive as praticadas por  seus funcionários. A reprodução ilegal de software para uso interno, sem as respectivas licenças de uso (pirataria corporativa), é uma das mais comuns. Infelizmente, ainda são poucas as empresas que adotam uma postura preventiva. A maioria faz vistas grossas e em muitas vezes obriga o pessoal de TI a trabalhar com software não licenciado, que o fazem por medo de perder seu emprego, e é justamente aí que mora o perigo. Pois estes funcionários são justamente os que irão denunciar a empresa.

Outro problema pela falta de compromisso das empresas de qualquer porte com a prevenção de instalação de software pirata, é a perda de produtividade, o custo elevado de manutenção sistemas, maquinas infectadas com vírus e perda de dados.  Enquanto alguns funcionários ficam absolutamente felizes com a possibilidade de instalar qualquer software em sua estação de trabalho, juntamente com vírus, programas sequestradores de senha e vários outros tipos de software mal-intencionados, outros não hesitam em denunciar seus empregadores, quer por consciência profissional ou simples vingança. A maior parte das denúncias se prova verdadeira. E nem é preciso dizer como fica essa história. No mínimo, tem como cenário uma delegacia, ou um tribunal.

Quem não deseja ter problemas, precisa investir em prevenção. Inclua uma clausula no contrato de trabalho informando o funcionários que este tipo de atitude não é aceito na empresa com pena de demissão por justa causa.  Contrate profissionais que compartilhem da mesma ideologia da empresa para o setor de TI. Essas  medidas evitam muitos danos financeiros e morais.

Qualquer pessoa envolvida com a prática ilícita – usuário de programa "pirata", comerciante ilegal ou cúmplice na pirataria corporativa – está sujeita a punições que variam de seis meses a dois anos de detenção, além do pagamento de indenização milionária aos produtores do software, que de acordo com a ABES pode chegar a até 3.000 vezes o valor do software.  Para se ter uma ideia, um software que custa R$ 250,00 (duzentos e cinquenta reais) pode gerar uma multa de  até R$ 750.000,00 (setecentos e cinquenta mil reais) por cópia instalada, como podemos ver, é um péssimo negócio para quem estiver desrespeitando os direitos autorais. Tudo tem um preço e, nesse caso, é alto. E não importa quanto demore, um dia a conta chega.

Porque usar software licenciado ?

Na compra de um software original temos a garantia que a mídia de instalação não esta infectado por vírus ou qualquer outro software mau intencionado, além de ter suporte do fabricante do software ou da revendedor.

A maioria dos fabricantes de software disponibilizam atualizações  e correções de falha do software, para os clientes que usam cópias originais licenciadas, em algum casos como do Windows que é desenvolvido pela Microsoft ,além de atualização  por cinco anos a contar da data de lançamento, temos também correções de falhas de segurança por dez anos, antivírus gratuito para usuários domésticos e para pequenas corporações que tenham até dez estações de trabalho, com isso, o custo do Microsoft Windows acaba ficando  mais barato, pois se não temos mais que comprar antivírus todo ano, temos um custo menor.

Possibilidade de conseguir descontos significativos na compra de licença por volume. Poder comprar licenças de software com pagamento parcelado em varias revendas em nosso país, como por exemplo Kalunga, Livraria Saraiva, Fast Shopping entre outras.

O custo do Software não é tão caro como se pensa, vou pegar como exemplo um sistema operacional e um pacotes de escritório da Microsoft, que são softwares considerados caros.

Computador Domestico

Custo para licenciar  o Microsoft Windows 7 Home Premium e Microsoft Office 2010  Home and Student para um computador domestico, partindo do principio que o computador tenha sido comprado sem o software pré-instalado, o que faz esse custo aumentar. Hoje (21/11/2010) o Windows 7 Home Premium custa no mercado de varejo R$ 400,00 ( quatrocentos reais) e o Office 2010 Home and Student custa R$ 200,00 (Duzentos reais) e pode ser instalado em três dispositivos. Somando o valor do Windows e do Office vamos ter por resultado R$ 600,00 ( seiscentos reais), sabendo que o ciclo de vida do Windows é cinco anos com total suporte e do Office de três anos, podemos então chegar a conclusão que vamos usar o Windows no mínimo por 1825 dias (comprando no lançamento) e o Office por 1095 dias. Podemos então concluir que para manter nossos sistemas atualizados e devidamente licenciados teremos um custo diário de  R$ 400,00 / 1825 + 200 /1095 que nos dará o seguinte resultado R$ 0,22 + R$ 0,18 =  R$ 0,40 (quarenta centavos), com antivírus já incluso no pacote.

Computador Corporativo

Custo para licenciar  o Microsoft Windows 7 Ultimate(versão mais completa do sistema) e Microsoft Office 2010  Home and Business para um computador corporativo, partindo do principio que o computador tenha sido comprado sem o software pré-instalado, o que faz esse custo aumentar. Hoje (21/11/2010) o Windows 7 Ultimate custa no mercado de varejo R$ 670,00 (seiscentos e setenta reais) e o Office 2010 Home and Business custa R$ 500,00 (quinhentos reais) e pode ser instalado em dois dispositivos, sendo que um deles deve ser um Notebook ou Netbook. Somando o valor do Windows e do Office vamos ter por resultado R$ 1.170,00 (um mil cento e setenta reais), já sabendo o ciclo de vida do Windows e do Office vamos fazer calculo do custo diário de  R$ 670,00 / 1825 + 500 /1095 que nos dará o seguinte resultado R$ 0,37 + R$ 0,46 =  R$ 0,83 (oitenta e três centavos), com antivírus já incluso no pacote se a empresa tiver até dez estações de trabalho.

Ou seja, o custo é muito baixo. Diga não a pirataria.